A importância das refeições em família para o desenvolvimento emocional e moral!
- Patrícia Campos
- 5 de jan. de 2020
- 2 min de leitura
Para um bom desenvolvimento das relações interpessoais e emocionais das crianças e da família, a boa qualidade da comida ou a beleza de uma mesa posta não adianta muito. É preciso ter bons diálogos à mesa!

Estudos da Universidade de Harvard mostram que crianças que jantam regularmente em família costumam consumir mais nutrientes de frutas e vegetais, têm índices menores de obesidade e menor propensão a serem obesos quando adultos, além de ingerirem menos calorias do que se estivessem comendo fora de casa. Mas como principal resultado, que embasa nossa afirmação sobre o desenvolvimento emocional e moral, identificou benefícios acadêmicos e emocionais como: taxas menores de uso de drogas e de depressão, mais resiliência, vocabulário mais amplo, maior capacidade de leitura e, no geral, notas melhores na escola.
"Muitos fatores estão por trás disso, mas em grande parte esses benefícios se devem aos laços criados durante as refeições. É um momento de criar tradições familiares, de aproveitar a companhia um do outro e de simplesmente estar juntos" diz Lynn Barendsen, diretora-executiva do Family Dinner Project (Escola de Educação de Harvard.
Um dos estudos levantados pelo projeto foi feito em 2010 pela Universidade Columbia, e comparou adolescentes que faziam refeições familiares frequentes (cinco a sete vezes por semana) aos que faziam menos de três por semana - os últimos tinham o dobro de propensão de experimentar drogas. Um motivo por trás disso seria que as refeições davam aos jovens a chance de conversar com seus parentes sobre seus cotidianos.
Diálogo: o principal ingrediente do jantar
Segundo Ane Fishel, PHD em Harvard, se os membros da família ficarem em silêncio, se os pais gritarem ou repreenderem os filhos, o jantar em família não trará benefícios positivos. Compartilhar um frango assado não transforma magicamente as relações entre pais e filhos. Mas, o jantar pode ser a única hora do dia em que pais e filhos podem compartilhar uma experiência positiva - uma refeição bem cozida, uma piada ou uma história - e esses pequenos momentos podem ganhar impulso para criar conexões mais fortes longe da mesa.
Tente alguns pontos de partida para o diálogo. Lembre-se de que não é momento de ensinar, mas, sim, de conversar. Faça perguntas apropriadas à idade dos que estiverem à mesa. Você pode pedir a seus filhos que façam uma pergunta para a família, deixando-os tomar a iniciativa do diálogo. Você pode se surpreender com o tipo de diálogo que terão à mesa.
